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Ronaldo Lopes Leal (1975/1977)

(Depoimento concedido por ocasião dos 40 anos da entidade, em 2005)

“As fases de existência de uma associação assemelham-se aos ciclos da vida humana. Elas passam por etapas distintas, mas compatíveis com a conjuntura social e política. Não se podem comparar as metas perseguidas hoje com aquelas que formulávamos na época. Minha presidência é a expansão disso: a AMATRA IV vivia isolada, desenvolvia-se em pleno regime militar e não tinha receitas. Estava confinada a Porto Alegre e a algumas cidades mais próximas, em que a convivência era possível. Organizei os cursos de preparação ao concurso para Juiz do Trabalho substituto, com o que a AMATRA passou a contar com uma arrecadação que transcendia às mensalidades sociais. Isso tornou possível a convivência com outras regiões da Justiça do Trabalho e a consequente proliferação das associações de magistrados do trabalho em capitais muito distantes de Porto Alegre. Promovi uma reunião de cinco regiões na nossa capital. Estiveram presentes um juiz do Rio de Janeiro, outro de São Paulo, um da Bahia e um de Minas. Rio e São Paulo já postulavam suas associações. Seguiram-se as outras regiões, mais o Ceará. Por outro lado, tratamos de aglutinar os juízes gaúchos, bem como de nos aproximarmos do Tribunal Regional infenso ao movimento associativo. Passamos a comparecer aos grandes eventos nacionais da Justiça do Trabalho, como a instalação do TRT da 9ª Região. Na esfera do Poder Executivo nacional, pugnamos por um canal oficial de estuário de nossas reivindicações, o que culminou com a criação, junto ao Ministério da Justiça, do Departamento de Assuntos Judiciários. Mantivemos inúmeros contatos com esse serviço e tivemos acesso a decisões importantes no setor da Justiça brasileira. Enfim, organizamos a AMATRA no plano interno e cuidamos de suas relações nacionais, obtendo um lugar destacado no conjunto da Magistratura do Trabalho do nosso País”.