Notícias

ARTIGO – Juízas além da jurisdição

Na semana da mulher, as magistradas do trabalho, integrantes da diretoria da AMATRA, escrevem além do Direito. São mulheres que perpassam a jurisdição. 

ARTIGO
Juízas além da jurisdição

Por Carolina Gralha Beck
Vice-presidente da AMATRA IV 

Sony  Ângelo (1973/1975), Beatriz Brun Goldschmidt (1979/1980), Magda Barros Biavaschi (1988/1990), Maria Helena Mallmann (1992/1994) e Maria Madalena Telesca (1998/2000).

Essas cinco mulheres estiveram à frente da Associação dos Magistrados da Justiça do Trabalho da 4ª Região – AMATRA IV – nos seus 51 anos de história, juntamente com outras tantas juízas que, incansavelmente, se dedicaram e se dedicam à causa associativa, como nossa valorosa Catharina Dalla Costa. 

A vida associativa não é fácil. Pelo contrário, exige comprometimento, responsabilidade e a obrigação de harmonizar o já árduo trabalho na jurisdição com os interesses da categoria, sem esquecer da defesa do direito social, hoje tão necessária.

Ingressei na magistratura em agosto de 2005 e, já em junho de 2006, passei a fazer parte da gestão da associação, ainda timidamente, como suplente do conselho fiscal. De lá para cá, nunca me afastei, e o aprendizado é constante.

Na AMATRA, conheci bravas mulheres que se dedicaram além da toga. Lutas, avanços e conquistas históricas marcam a biografia da nossa Associação, que se relacionam com as da Justiça e do Direito do Trabalho.

Na semana da mulher, não poderia esquecer do empenho das nossas juízas do trabalho junto à associação, à magistratura e à sociedade. Mulheres que, muitas vezes, abdicaram do convívio familiar pela causa coletiva sob fortes críticas e questionamentos e, mesmo assim, não esmoreceram.

Sim, na AMATRA temos mulheres que, muito além de juízas, são filhas, irmãs, mães, avós, esposas e companheiras. São mulheres reais, com muito trabalho a fazer, mas que, em momento algum, abandonaram suas crenças em uma sociedade melhor, em uma Justiça eficiente e em condições mais adequadas de trabalho para a categoria. E lutam por tudo isso – inclusive contra seus próprios dramas pessoais.

Então, registro aqui, nesse breve ensaio, o meu agradecimento às Presidentes da AMATRA IV e a todas as juízas que consolidaram a nossa entidade como referência nacional, principalmente em um ambiente de predominância masculina. Não foi, não é e nunca será fácil, mas não desistiremos jamais, como vocês todas não desistiram.

Compartilhamento