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“A democracia nos orgulha. E precisamos valorizá-la”.

O presidente da AMATRA IV, Tiago Mallmann Sulzbach, foi palestrante durante o 16º Encontro Institucional da Magistratura do Trabalho do Rio Grande do Sul, evento organizado pela Escola Judicial do TRT-RS (Ejud4).

No tradicional espaço dedicado à entidade durante o encontro, o magistrado fez um balanço dos quase 15 meses de gestão. Entre as muitas ações implementadas no desafiador período – marcado pelos impactos da pandemia – ele mencionou primeiramente iniciativas voltadas à categoria. Entre elas, destacou a defesa de prerrogativas e demais atividades vinculadas à carreira (abrangendo promoções, ampliação de lotações e remoções). Ainda no quesito interno, o presidente pontuou a intensa atuação da AMATRA no Comitê de Priorização do Primeiro Grau e no Comitê de Crise do Tribunal Regional do Trabalho da 4ª Região (TRT-RS). Este último criado por ocasião da pandemia e responsável pelo desenvolvimento de medidas que permitiram a continuidade da prestação jurisdicional.

No âmbito externo, o dirigente enumerou ações ligadas à comunicação com a sociedade – feitas a partir do constante diálogo com a imprensa e a atuação política voltada ao esclarecimento junto a parlamentares de propostas legislativas controversas no âmbito trabalhista, caso da MP 1045 que propunha a precarização de direitos e acabou rejeitada pelo Senado no início de setembro.

Na esfera social, saudou a campanha de arrecadação “Ajudando quem precisa”, organizada a partir da parceria da AMATRA, TRT e Sintrajufe desde 2020, e que possibilitou a aquisição de quatro desfibriladores, 17.000 luvas, 2.050 cestas básicas, 165 kits de alimentação e 334 kits de higiene para moradores de rua.
Além dela, o necessário olhar empático esteve em alta e, no ano passado, “a entidade substituiu a tradicional festa de final de ano por um almoço em que cozinhamos para 300 moradores de rua atendidos pelo coletivo Cozinheiros do Bem”.

Em tempo
A manifestação da AMATRA ocorreu após os candidatos a cargos da Administração do Tribunal e da Escola Judicial apresentarem suas propostas para o biênio 2022/2023. Os concorrentes são os desembargadores Francisco Rossal de Araújo (presidência), Ricardo Hofmeister de Almeida Martins Costa (vice-presidência), João Paulo Lucena (direção da EJud) e Fabiano Holz Beserra (vice-direção da EJud). O debate foi mediado pelo ex-presidente da Instituição, desembargador aposentado João Ghisleni Filho.

O espaço de fala da Associação contou com a audiência da magistratura e também foi prestigiado pela atual administração do Tribunal, pelos desembargadores Carmen Gonzalez (presidente), Francisco Rossal de Araújo (vice-presidente), George Achutti (corregedor regional) e Raul Zoratto Sanvicente (vice-corregedor regional).

Diante do contexto, o presidente da AMATRA salientou a importância do processo democrático de gestão instaurado no TRT gaúcho, em 2013, a partir de proposição da entidade no ano anterior. Nesse sentido, incentivou os colegas para votarem na consulta prévia feita aos juízes e desembargadores que, a exemplo de pleitos anteriores, norteará o processo eleitoral na Instituição.

“Fiquei pensando que a consulta é algo tão nosso. É parte da nossa identidade. Algo que nos é tão único. Difícil deixar de sentir esse pertencimento em algo tão simbólico como importante.
Quando alguém me pergunta o que diferencia o TRT-RS, qual o seu legado, qual a sua marca, digo sempre: a democracia. O fato de votarmos, colegas, segue sendo único no Brasil. Precisamos sempre valorizar esse espaço conquistado. É algo muito importante.
E quando pensamos em entrar em alguma zona de conforto, os fatos nos demonstram como é relevante que sigamos defendendo a democracia, sempre ameaçada.
A democracia nos orgulha. E precisamos valorizá-la.
Construímos juntos esse legado. E que sigamos assim.
E, finalmente: os fatos ocorridos neste ano nos comprovaram que unidos somos mais fortes.
Então, se posso desejar algo para a nossa Associação, hoje e sempre, é que sigamos juntos, unidos, e cada vez mais fortes”, referiu.

Mais
O Encontro Institucional da Magistratura do Trabalho do Rio Grande do Sul ocorre de 14 a 17 de setembro. A 16ª edição, em formato virtual, tem três eixos de debate: a repercussão da Covid-19 na Saúde, na Economia e no Mundo do Trabalho.

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