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Ações marcarão o Dia Mundial de Conscientização sobre o Autismo

A AMATRA IV apoia essa iniciativa: nesta segunda-feira, 2/4, vista o azul e participe da campanha do TRT-RS

A Organização das Nações Unidas (ONU) instituiu, no final de 2007, a data 2 de abril como o Dia Mundial da Conscientização sobre o Autismo. Anualmente, em diversos países do mundo, várias medidas são promovidas por instituições públicas e privadas com o objetivo de chamar a atenção para o transtorno, que, conforme a ONU, afeta cerca de 70 milhões de pessoas em todo o mundo.

Para marcar a data, a Administração do Tribunal Regional do Trabalho da 4ª Região (TRT-RS) convida magistrados, servidores, terceirizados e estagiários a virem para o trabalho vestidos de azul no dia 2 de abril. Nesse dia, o TRT-RS também iluminará seu prédio-sede (Av. Praia de Belas, 1.100, em Porto Alegre) com a cor azul. Ela é utilizada como símbolo do autismo porque, conforme dados da Associação Americana de Autismo (ASA, sigla em inglês), o transtorno tem prevalência quatro vezes maior em homens que em mulheres.

O que é autismo
Conforme definição da Associação Americana de Autismo, trata-se de um transtorno de desenvolvimento que afeta gravemente os indivíduos durante toda a vida. É um distúrbio neurológico que se manifesta em diversas dimensões da vida, principalmente na dificuldade em interações sociais e na comunicação. Apresenta-se, na maioria dos casos, antes dos três anos de idade. Em todo o mundo são encontradas pessoas com autismo, independentemente de raça, etnia ou condição social.
O autismo manifesta-se sob uma gama de sintomas bastante variada, sem que haja padrão de repetição das características de um indivíduo para outro. Por causa dessa variabilidade de sintomas, que vão desde a incapacidade total de comunicação e de interação com outras pessoas até limitações mais leves, que permitem uma vida funcional e produtiva, utiliza-se a figura do espectro, para abarcar todas as intensidades dos sintomas, que podem ou não aparecer em cada indivíduo.

O diagnóstico, geralmente, é feito igualmente por uma gama de profissionais, da qual se destacam neurologistas, pediatras, psicólogos e psiquiatras. Segundo a ASA, os sintomas são provocados por disfunções físicas no cérebro, detectadas pelos profissionais de saúde por meio de entrevistas ou testes com a criança.
No seu aclamado livro “Longe da Árvore”, resultado de extensa pesquisa do escritor norte-americano Andrew Solomon sobre diversos grupos de filhos que não obedeceram ao ditado popular de que “o fruto não cai longe do pé”, um capítulo é dedicado às pessoas com autismo. Nele, o escritor afirma que dentre a infinidade de sintomas que podem ou não aparecer nas pessoas com autismo, em diferentes graus, estão a falta ou atraso na fala; comunicação não-verbal deficiente; comportamentos repetitivos, como agitação dos braços e outros  movimentos auto-estimulantes; baixo contato visual; pouco interesse por amizades; sociabilidade ou empatia prejudicadas; capacidade de reciprocidade social reduzida; falta de brincadeiras espontâneas ou imaginativas e rigidez corporal.
Ainda segundo o pesquisador, crianças e adultos autistas podem pensar de forma extremamente concreta, com dificuldades para entender humor, ironia ou sarcasmo. Tendem a apresentar comportamentos obsessivos e estereotipados, autolesivos (como morder a mão ou bater a cabeça na parede, dentre outras agressões a si mesmos). Algumas pessoas com autismo, como observou Solomon, apresentam ecolalia, ou seja, a repetição de palavras ou frases sem que, aparentemente, saibam seus significados. Em outros casos, crianças e adultos autistas são profundamente afetados por cargas sensoriais ocasionadas, por exemplo, por lugares com muita gente, luzes oscilantes ou barulho.
Não há tratamento ou cura para a situação neurológica que causa o autismo. Crianças e adultos autistas necessitarão de atendimentos diferenciados e multidisciplinares, com graus diferentes de aplicação no que se refere a educação, a melhoria dos comportamentos e à saúde. Remédios e mudanças de estilo de vida podem ser utilizados para alívio de transtornos associados ao autismo, como ansiedade ou depressão.

Como procurar ajuda
No Rio Grande do Sul, existem diversas entidades que atuam na busca da melhoria de vida das pessoas com autismo, tanto nos aspectos de saúde, educação e comportamento, como na promoção de direitos e da inclusão social de crianças e adultos autistas.
No site do Instituto Autismo & Vida (http://www.autismoevida.org.br), é possível encontrar uma lista dessas instituições, no link “Rede Gaúcha Pró-Autismo”. O próprio Instituto Autismo & Vida oferece diversas informações e promove iniciativas voltadas a pais, parentes e amigos de pessoas com autismo. O Instituto pode ser contatado pelo próprio site, além do telefone (51) 34140204 e pelo e-mail contato@autismoevida.org.br

Fonte e imagem: Secom TRT-RS

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