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AMATRA IV marca presença no Ato em Defesa da Justiça do Trabalho e dos Direitos Sociais

A presidente da Associação, Carolina Hostyn Gralha, e o vice-presidente, Tiago Mallmann Sulzbach, representaram a entidade no “Ato em Defesa da Justiça do Trabalho e dos Direitos Sociais”. O evento, apoiado pela AMATRA IV, ocorreu na manhã desta sexta-feira, 10/8, no Foro Trabalhista de Porto Alegre. O ato foi organizado pelo Fórum de Relações Institucionais do Tribunal Regional do Trabalho da 4ª Região (TRT-RS) e diversas entidades vinculadas aos operadores do Direito e também aos trabalhadores e empregadores.
“Estamos aqui para defender a Justiça do Trabalho e o Direito do Trabalho, os quais permitem que a sociedade brasileira – o empregado e o empregador –  tenha a certeza do equilíbrio das relações”, salientou a presidente da AMATRA IV em sua manifestação. “Os valores republicanos e democráticos devem falar mais alto e uma instituição como a Justiça do Trabalho e os seus Juízes, que dedicam a vida por ela, não podem mais ser humilhados e desacreditados”, assinalou.

Na análise da magistrada, a Justiça do Trabalho é alvo de perversa perseguição pelo que faz de melhor. “Ela é a mais célere e produtiva e atua em segmentos sensíveis de um país, como o trabalho infantil, o trabalho escravo, a precarização das relações e o trabalho seguro”, enumerou.
Nesse sentido, Carolina Gralha definiu a ameaça de cortes orçamentários, agora respaldados pelo cruel discurso da redução do número de ajuizamento de novas ações, como um dos fatores que mais uma vez podem ameaçar o funcionamento da Justiça do Trabalho. “E pregam ainda a fusão ou a extinção da Justiça do Trabalho como parte de um plano que cria falsamente a impressão de que os problemas acabaram e que nós não somos mais necessários ou que nós, até então, éramos o problema”, argumentou a dirigente. “Nós não permitiremos e convidamos a sociedade para integrar essa nossa luta”, conclamou.

Entre as diversas manifestações da manhã, houve o pronunciamento da presidente do TRT-RS, desembargadora Vania Cunha Mattos, que abriu a série de discursos. Em sua fala, a magistrada enalteceu a importância da Justiça do Trabalho e suas sete décadas de relevantes serviços prestados na relação entre capital e trabalho. Para a desembargadora, a Justiça do Trabalho deve permanecer livre e atuante, por seu papel de justiça social que não permite a exploração do ser humano.
Também discursou na data, o representante Associação Nacional dos Magistrados da Justiça do Trabalho (Anamatra), Luiz Antonio Colussi . “Esse ato público é uma forma de participação da sociedade na defesa da instituição que tem a finalidade de pacificar os conflitos na área trabalhista”, pontuou. Entre outras abordagens, o magistrado criticou a ideia de extinção da Justiça do Trabalho ou de sua fusão com a Justiça Federal.

Caminhada até a sede do TRT
Encerradas as atividades no Fórum Trabalhista, os manifestantes saíram em caminhada pela Av. Praia de Belas até o prédio do TRT-RS onde a mobilização foi concluída. Lá, alguns dirigentes realizaram breves pronunciamentos. Entre eles, o vice-presidente da AMATRA IV, Tiago Mallmann Sulzbach. Em sua fala, o juiz salientou que existe uma razão muito simples, até óbvia, mas nem sempre dita, para quererem acabar com a Justiça do Trabalho. “É que nesta casa o trabalhador tem alguma chance. Nesta casa o trabalhador é um igual. E para alguns setores de nossa sociedade, é simplesmente inaceitável existir um espaço em que o trabalhador tenha alguma chance e que seja um igual”, definiu. “Dizem que nas relações entre o fraco e o forte é a liberdade que escraviza e é a Lei que Liberta. Esta casa foi criada para isso. Para libertar. E, hoje, é atacada justamente por cumprir o seu papel constitucional de fazer Justiça”. Para o magistrado, manifestações como a desta sexta-feira permitem crer que aqueles que são contra a Justiça não triunfarão. “Se você é neutro ou se omite em situações de injustiça, você escolhe o lado do opressor. A história cobrará daqueles que se omitiram e que não são nenhum daqueles aqui presentes. A AMATRA IV sempre estará ao lado de todos que tiverem a coragem de defender a nossa Justiça. Não nos omitiremos”, finalizou.

  

 

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