O 4º Encontro da Comissão Anamatra Mulheres e de Lideranças Associativas Femininas contou com a participação de associadas à AMATRA IV. O evento integra a programação do Mês da Mulher na entidade.

Pela Associação, marcaram presença no encontro, ocorrido em 17/3, a vice-presidente, Adriana Kunrath, a secretária-geral, Rachel Mello, a coordenadora da Comissão da Mulher, Luciana Kruse, a integrante da Comissão do Programa Trabalho, Justiça e Cidadania, Luciana Stahnke, e a colega Marcela Arena.

Palestras a respeito das “Percepções sobre violência, mulher e trabalho” e “O lugar da resistência à violência enquanto produção de saúde”, foram apresentadas durante o evento. As exposições ficaram a cargo, respectivamente, de Maria Celeste Simões Marques (professora e diretora do Núcleo de Políticas Públicas em Direitos Humanos da Universidade Federal do Rio de Janeiro) e de Clélia Prestes, psicóloga.

O seminário, desenvolvido no formato on-line, também contou com espaço para debate e diversas oficinas.

“Foi uma oportunidade de expansão de conhecimento e de troca, um encontro extremamente construtivo. Nele, refletimos sobre os nossos papeis enquanto lideranças associativas e a respeito das mudanças a implementar”, refere a secretária-geral da AMATRA, juíza Rachel Mello. Em sua análise, a sobrecarga de trabalho vivenciada pelas juízas e seus contextos específicos, também abrem portas para a violência de gênero. “Essa conjuntura merece cada vez mais atenção das entidades ligadas à magistratura e da própria estrutura do Poder Judiciário”, salienta.

No mesmo sentido, a coordenadora da Comissão da Mulher, juíza Luciana Kruse, destaca que o evento expandiu horizontes. Segundo ela, abordar as circunstâncias de violência e as sobrecargas diárias enfrentadas pelas mulheres, é sinônimo de conexão com urgentes demandas. “Precisamos de todas as ferramentas para nos contrapor a essa estrutura que a sociedade internaliza como algo natural e, contudo, está bem longe disso, é uma realidade perversa”, assinala.